Sempre que vejo uma pessoa cega na rua, ofereço companhia. Não por fazer “uma boa ação” ou por dó. Não sinto isso.
Sempre tenho conversas muito agradáveis com a pessoa que acompanho. Hoje acompanhei um homem no centro de floripa, ele é massagista, conversamos muito sobre o tema, foi muito bacana, ele é do Rio grande do sul, e há 5 mora em floripa, me contou dos vários tipos de massagens que estudou, de como percebe a necessidade de seus clientes para poder utilizar a melhor técnica...
Em São Paulo já acompanhei um rapaz que faz corrida de aventura (trilha, ciclismo, rafting, etc...)
ele me explicou como eram esses esportes para pessoas deficientes visuais e me contou dos lugares que já viajou para competir...
Já conversei também com um executivo, que coordena a área de comunicação de uma multinacional na Avenida Paulista...
No metrô, já sentei ao lado de um senhor que ficou cego aos 50 anos de idade, ele estava voltando de um centro de convivência para cegos e me contou como era aprender a usar a bengala, a ler braile, a cozinhar, a reaprender a fazer as atividades do dia dia sem enxergar...
No trem voltando de Santo André em São Paulo, conversei com outro cego que me contava da dificuldade de caminhar sozinho em São Paulo, da falta de pisos táteis ( aqueles caminhos azuis que sinalizam as calçadas, metros etc..) muitos são mal projetados e mais atrapalham do que ajudam...
Para mim sempre é uma oportunidade de aprender e ver o mundo de outra perspectiva...
Encontrar uma pessoa cega na rua é um pretexto para conversar! Ainda mais nas grandes cidades onde ninguem se olha, se fala, sempre cada um no seu caminho...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nossa, Lu! Sem ter lido o seu post de quinta, falei sobre uma cega no meu post de sábado.
ResponderExcluir